Relatório da Norton by Symantec aponta que 62 milhões de brasileiros foram vítimas de cibercrime em 2017 – o que representa 61% da população adulta conectada do país. As perdas totalizaram US$ 22 bilhões, sendo que cada vítima perdeu uma média 34 horas com as consequências dos ataques.
O Brasil registra números preocupantes: é o segundo país que mais perdeu financeiramente com ataques cibernéticos, atrás apenas da China, e onde mais crianças sofrem com bulling, na mesma posição que a Índia. Foram roubados cerca de US$ 172 bilhões de 978 milhões de consumidores em 20 países no ultimo ano.
Perfil das vítimas
De modo geral, as vítimas do cibercrime compartilham um perfil semelhante: são entusiastas de tecnologia que se cercam de dispositivos mobile tanto em casa como fora dela, mas têm um ponto cego quando se trata de princípios de segurança cibernética. Este grupo tende a usar a mesma senha em várias contas ou compartilhá-la com outras pessoas. Entre as vítimas de crimes cibernéticos, 84% foram afetadas nos últimos 12 meses.
Os Millennials são as vítimas mais frequentes, sendo que 26% deles não possuem nenhum método de proteção em pelo menos um dispositivo e eles são mais propensos a compartilhar a senha.
Nelson Barbosa, especialista de segurança Symantec, comenta que as ações dos consumidores revelaram perigosa desconexão: apesar de um fluxo constante de falhas cibernéticas relatadas pela mídia, muitas pessoas parecem se sentir invencíveis e ignorar a tomada de precauções básicas para se proteger. “Esta interrupção destaca a necessidade de segurança digital do consumidor e a urgência de das pessoas voltarem ao básico quando se trata de fazer sua parte para prevenir o cibercrime”, afirma.
Senhas: erros básicos
Entre os entrevistados brasileiros, 59% compartilham as senhas, 34% escrevem a informação em um pedaço de papel e 24% usam a mesma senha para todas as contas. As senhas mais compartilhadas são as dos dispositivos conectados domésticos (38%), seguida de desktops (37%) e laptops (36%).
Vulnerabilidade do consumidor
Proteção contra ameaças maliciosas é a maior preocupação sobre segurança online no Brasil, enquanto proteção de identidade e privacidade ocupam o segundo lugar. Para se proteger, a maioria dos consumidores possui algum tipo de segurança, mas 19% não possui nenhum método de proteção em seus dispositivos.